Sítio arqueológico Moita dos Porcos ou Toca do Tapuio
Município de Caetité - Alto Sertão da Bahia
Sendo o objeto escolhido o sítio arqueológico Moita dos Porcos, ele também é conhecido como Toca do Tapuio foi registrado pelo arqueólogo e professor universitário Carlos Alberto Etchevarne no Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), como parte do patrimônio cultural protegido pela Lei federal nº 3.924/1961, que dispõe sobre monumentos arqueológicos e pré-históricos existente no território nacional. Classificado como um sítio pré-colonial de arte rupestre, com vestígios de gravuras realizadas com sulcos largos nas paredes da gruta, onde foram trabalhados grafismos com motivos com sulcos, muito marcados e profundos, são todos geométricos, predominantemente retos e verticais, havendo alguns curvos e outros côncavos semiesféricos (MORAES, 2019, P.93 in ETCHEVARNE, 2007, p. 243).
Parede com inscrições criptográficas.
Por:
Ana Beatriz Domingues Pimentel - Me chamo Ana Beatriz, tenho 22 anos e sou discente do curso de História pela UNEB campus VI - Caetité atualmente estou no quarto semestre, natural da cidade de Guanambi e resido em Caetité com o intuito de estudar. Lavinnya Gomes Teixeira Oliveira - Me chamo Lavinnya, tenho 20 anos, atualmente sou discente do curso de História da UNEB campus VI cursando o IV semestre. Sou residente do município de Ibiassucê. Rick de Jesus Santos - sou graduando em História, tendo experiência com pesquisas na modalidade de bolsista do AFIRMATIVA - UNEB - Sendo originalmente de Bom Jesus da Lapa e residindo em Caetité.
A partir dos nossos estudos e análises sobre a moita dos porcos, conforme artigos, vídeos e informações coletadas, na região em que o sítio se localiza, se tinha a presença humana habitando e fazendo morada naquela localidade, principalmente por conta da presença de rios e córregos existentes ali até hoje. Dessa forma, o que muitos constatamos é de que realmente havia civilizações que habitavam aquelas redondezas, como por exemplos os indígenas, visto que o nome Toca do Tapuio, remete aos povos indígenas Tapuio, descentes de várias etnias presentes no período colonial brasileiro, junto com os negros fugidos da escravidão das minas de ouro e de populações migrantes de Goiás e estados vizinhos. Os Tapuios foram, dessa maneira, os indígenas que podem ter habitado a região onde, atualmente, é localizado o sítio.
FOTO 01 - Entrada do sítio arqueológico Moita dos Porcos; FOTO 02- Parede com inscrições criptográficas; FOTO 03- Parede com inscrições criptográficas; FOTO 04- Parede com inscrições criptográficas.
Motivo da escolha do sítio:
Nossa preferência pelo sítio Moita dos Porcos se deu pelo forte interesse em melhor conhecer e entender a história, as características e a tipologia desse local arqueológico tão próximo de nós e tão falado e visitado não só pelos próprios residentes da cidade de Caetité, como também por outras comunidades e municípios próximos da região. Além disso, esse sítio arqueológico instiga nossa curiosidade como futuros historiadores em compreender quais possíveis habitantes viveram nessas regiões há tantos anos atrás, como viviam e até mesmo o porquê fizeram tais escrituras dentro da caverna e quais os seus significados. Nós também utilizamos como base para a escolha e aprofundamento do sítio arqueológico escolhido, dois artigos que melhor aborda e trata sobre o nosso tema de pesquisa.
O primeiro deles é a dissertação de Carine Novaes Moraes publicado em 2020 pelo Repositório Institucional da UFBA, intitulado como “Inventário museológico do Museu do Alto Sertão da Bahia na comunidade quilombola Pau Ferro do Joazeiro, Caetité, Bahia” como requisito para obtenção da Pós-graduação em Museologia. O segundo artigo tem como autores Rita de Cassia Alves Malheiros Fausto, Sammyra Karla Pereira Gonçalves, Emili Fraga de Macedo Batista, Neuma Rosa de Jesus Silva, Maryana Gonçalves Souza, Caroline Pereira Silva, Laura Carolline Fernandes Alves Amado e Janielson Silva de Jesus Souza, que tem por nome “Observar, Absorver e Discutir: aula de campo sobre patrimônios do município de Caetité/Bahia”, publicado em 2023 pela Revista Foco (Interdisciplinary Studies).